fatal hamartia
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ZETTERHOLM, Alpheratz

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Mensagem por Alpheratz Zetterholm Sáb Ago 06, 2016 6:05 pm

"Eis que surge umx novx herói/heroína, aquelx que se quer temeu enfrentar desafio de navegar pela caminho ao qual lhe trouxe à nós. Devo então, questionar-lhe o maior mistério: quem és o ser divino frente a mim?", ouço o homem dizer.

"Maravilhoso!"

Sua animação era um tanto quanto irritante mediante ao que havia respondido. "Peço tão somente que aguarde enquanto faço as minhas anotações. Novamente...", ele veio a continuar, retornando com uma pausa enquanto parecia relembrar tudo aquilo que eu havia dito.

"Alpheratz Cornélia Zetterholm, nascida em dezenove de setembro, tendo vinte e um anos, uma filha de Zeus, especificamente, uma comerciante, mais voltada para a política, certo?", ele questionou. Havia repetido todas as informações dadas por mim. Aquilo era sério? Pude tão somente assentir, remetendo aos poucos fatos que me eram importantes no passado, fatos que remetiam a minha história, a quem eu realmente era.

Meu passado é como uma história há muito contada e já esquecida, chega a ser tão fantasiosa e incrivelmente cruel que vê-la como real torna-se quase impossível. É como uma escada onde falta degraus e você deve esforçar-se para continuar a subir, pulando os vácuos que vez ou outra aparecem.

Fui criada por Valkyria, uma mulher de cabelos cor-de-ouro e tão desequilibrada como a própria Mania, ela era louca. Baalberit foi o primeiro a nascer, ganhou o nome de um demônio da mitologia cristã. Alpheratz é uma estrela duas vezes mais brilhante que o Sol. Nossos nomes, de certa forma, foram escolhidos para demostrar nossa descendência. Nascemos e passamos nossa infância toda no mundo mortal, fora da ilha, sem ter o mínimo conhecimento da existência dos Deuses e das criaturas. Éramos apenas as crianças magricelas.

No início tudo se mostrava como a loucura em seu mais profundo grau, com as frases desconexas e paranoia constante, com as indas e vindas do seu novo Eu as agressões tornavam-se frequentes. Era num quarto sem lâmpadas e com as janelas vedadas em que fui trancafiada alguma centena de vez. A mulher cuja existência eu devia, haveria de se tornar meu pior inimigo num futuro não muito distante. O breu era tudo o que eu sentia, mas podia ouvir a movimentação das criaturas que pareciam emergir das trevas. Natasha Zetterholm, é o nome do demônio que devo agradecer por metade das cicatrizes que tenho em meu corpo.

A polícia mortal prendeu a mulher, indiciando-a por negligência e tortura, alguém havia visto ela pendurando Baal pelas pernas no lado de fora da janela. Fomos separados. Eu tinha nove anos. Os anos seguintes foram bons, foram normais. Era numa casa de dois andares e cheias de crianças que fiquei, ficava no quarto do segundo andar, mas era comum me encontrar no sótão em noites tempestuosas.

Zetterholm apareceu numa noite, tinha meu irmão ao seu lado e este um hematoma na bochecha, ambos estavam feridos e naquele momento jurei que ela havia vindo para me matar. Obviamente, não foi o que aconteceu. Ela apenas me arrastou para fora da casa aos berros. Três anos haviam se passado desde nossa separação e eu já ansiava por estar livre dela mais uma vez.

Foi uma foto que mudou tudo. Sempre acreditei que Natasha era a dupla personalidade desenvolvida após algum trauma, nunca estive tão perto e tão longe da verdade. Elas eram duas. Duas pessoas, duas mulheres, gêmeas idênticas. Haviam nascido em uma ilha e era para lá que estávamos indo. Era sua casa. Não, não eram duas o tempo inteiro, mas no início havia duas. Agora chegamos a um ponto crucial: quem é minha mãe? Tive longas doze horas num barco para pensar e até hoje não sei a resposta. Pode ter sido Valkyria ou Natasha, uma vez que nunca fui capaz de diferencia-las, isso é, se eu realmente conheci as duas… Ballberit pode ser meu irmão ou meu primo, pergunte isso à ele.

Valkyria teve um infeliz acidente ao desembarcar, afogou-se. Não paramos para ajuda-la.

••••••

Sophrosyne. Distrito Três. Conheço esse distrito de olhos fechados, já andei por cada beco e já dormi em muito deles, não existe um comerciante ou ladrão com quem eu não tenha esbarrado ou conversado. Passei três anos vivendo a margem do Distrito, mais próxima do Quatro na realidade, aprendi do que as pessoas precisam e o que querem. Elas gostam do “poder” de comprar algo, de exibi-lo, não precisam necessariamente daquilo. Status é a palavra.

Eu gosto da perfeição, do controle, do poder.

Umas moedas e um pégaso deram início ao meu reinado, um oração direcionada aos céus e toda lábia que havia adquirido ao longo dos anos deram continuação. Não sei qual foi o início de minha história, mas sei o que vem a seguir, os próximos capítulos estão sob meu total controle e assim há de ser.

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Mensagem por Calypso Sáb Ago 06, 2016 9:16 pm

A cidadela te espera, minha querida. Nós sabemos perfeitamente que sua sobreviver fora árduo para você e aqueles que a companham em sua viagem. Justo deve ser que possa construir sua vida novamente. Sophrosyne é toda sua, heroína.


  • Aqueles nascidos do pai do céu, o senhor dos raios, soberano dos deuses e o símbolo da virilidade de um grande homem;



  • Uma comerciante de primeira, sua lábia fora capaz de conquistar a todo em seu distrito, tornando-se um dos membros da cúpula.





  • Em meio a um escambo, obteve dois braceletes em bronze, que por toda sua extensão conta com linhas que se repetem, dessa forma, assemelham-se a relâmpagos em alto relevo. Objetos assim, demasiadamente bem trabalhos são raros de se obter. Estes em questão, principalmente. Um fator os diferencia, visto que tais mantém dois apitos praticamente invisíveis aos olhos dos despercebidos. Cada um tem sua função própria, o direito usado para os cavalos alados especificamente, servindo como forma de conter. O segundo, da esquerda, para evocar o seu pégaso em especial, sendo de uso restrito seu.


  • Empunhando o verdadeiro poder, você aprendeu que uma espada é sua real companheira. Essa em especial, utilizada anteriormente por aquela que lhe criara, tendo característica a lâmina larga e demasiadamente longe, própria de uma valquíria.

Calypso
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