fatal hamartia
Estamos em 438, datado pós a estadia da luz
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ZSLAV-HØRVATINCIĆ, Althea

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Mensagem por Althea Zslav-Hørvatincić Dom Jul 31, 2016 2:02 pm

"Eis que surge uma nova heroína, aquela que sequer temeu enfrentar desafio de navegar pela caminho o qual lhe trouxe a nós. Devo, então, questionar-lhe o maior mistério: quem é o ser divino frente a mim?", ouço o homem dizer.

"Maravilhoso!"

Sua animação era um tanto quanto irritante mediante ao que havia respondido. "Peço tão somente que aguarde enquanto faço as minhas anotações. Novamente...", ele veio a continuar, retornando com uma pausa enquanto parecia relembrar tudo aquilo que eu havia dito.

"Althea Avalon Zslav-Hørvatincic, nascida em 23 de Abril, tendo vinte e cinco anos, uma filha de Poseidon, especificamente, uma capitã pirata, certo?", ele questionou. Havia repetido todas as informações dadas por mim. Aquilo era sério? Pude tão somente assentir, remetendo aos poucos fatos que me eram importantes no passado, fatos que remetiam a minha história, a quem eu realmente era.

A lembrança era vívida em minha mente.

Corpos? Sangue escorria e pintava de rubro os pés da pequena garotinha. Descalços, sujos, como se pertencessem a alguém que habitava as frias camadas de ruas. O concreto açoitava sem dó as solas frágeis, tornando a palma vermelha como se estivesse em carne viva. Contudo, bastava um leve toque em poças de água da chuva que espalhavam-se pelas ruas que o bem-estar físico se regenerava, como em um passe de mágica. Peculiar situação pareceria-lhe, talvez, caso não tivesse noção do que se tratava tudo aquilo. Embora jovem demais, tinha uma mente ágil, de tamanha esperteza que não se igualava às outras crianças. Exceto, é claro, aquelas que haviam nascido para serem mais espertas; as proles da sabedoria.

Os cachos ruivos e rosto angelical facilmente enganavam as crianças pobres para que brincassem. Quem a via em trapos de pano sujo jamais pensaria que se tratava da filha de uma mulher altiva, política de alto nascimento. Contudo, nunca precisara revelar-se ao público como prole de alguém poderoso. Preferia misturar-se ao povo comum e dividir-se nas vidas que não eram como a sua. De baixo, via toda a frustração dos pobres, todo o ódio dos maus e toda a tristeza dos bons. Era neutra. Só queria brincar.

Olho para Althea de oito invernos e deparo-me com uma criança evoluída. Entristeço-me, porém, ao saber que tornei-me, hoje, alguém de quem ela não sentiria orgulho. Poderosa como meu pai, influente como minha mãe. Misturei o útil ao agradável, tornei-me pública. Os cachos ruivos ficaram conhecidos. Afinal, eu detinha sob minhas asas — ou barbatanas —  toda a responsabilidade marítima. Olho para Althea de dez primaveras e deparo-me com uma criança que não percebe quão grandioso seu futuro pode se tornar, para o bem ou para o mal. E deparo-me com uma criança que sabe exatamente como seguir em linha reta, num fio tênue entre as trevas e a luz.

Porém, afinal, a luz que se mostra trata-se verdadeiramente de luz?

Ou, talvez, as trevas... Realmente são trevas?

Especulações salgadas tal a água do mar que cerca meu lar.

Althea de treze verões sabe muito mais que a Althea de vinte e cinco invernos. Por isso ainda olho para trás enquanto pretendo seguir em frente. Sempre.
Althea Zslav-Hørvatincić
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Mensagem por Calypso Dom Jul 31, 2016 5:28 pm

A cidadela te aguarda, minha cara. Nós sabemos perfeitamente que sua sobrevivência fora algo difícil de conquistar em sua juventude. Justo deve ser que possa construir sua vida novamente em conjunto com o mar, abandonado seu passado foi. O conselho te aguarda, Senhora das Frotas Navais. Sophrosyne é toda sua, herói.


  • Aqueles nascidos do pai do mar, o senhor dos terremotos, temido por toda a extensão do seu grande poder;



  • Um político nato, dono de um saber em cada fala, você se destacou entre seus demais, tornando-se um dos membros da cúpula.




  • De um passado distante, a jovem guarda consigo o seu primeiro armamento. Uma lança feita inteiramente com um metal que parece unir o bronze com o dourado do ouro, ressalta a presença quase que amedrontadora que essa é capaz de possuir. O presente de uma beleza e utilidade perfeita para a dama que a tem em posse.


  • Nascida para sobreviver nos mares, você entendeu que deveria sempre batalhar em busca de manter-se viva. É justamente por este motivo que manter uma segunda carta na mão, tornou-se mais do que apenas uma opção. Presa em sua canela, uma adaga a espera.

Calypso
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