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HORVÁTH KUZNETSOV, Minos

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Mensagem por Minos Horváth Kuznetsov Dom Ago 07, 2016 1:49 am

"Eis que surge um novo herói, aquele que se quer temeu enfrentar desafio de navegar pela caminho ao qual lhe trouxe à nós. Devo então, questionar-lhe o maior mistério: quem és o ser divino frente a mim?", ouço o homem dizer.

"Maravilhoso!"

Sua animação era um tanto quanto irritante mediante ao que havia respondido. "Peço tão somente que aguarde enquanto faço as minhas anotações. Novamente...", ele veio a continuar, retornando com uma pausa enquanto parecia relembrar tudo aquilo que eu havia dito.

"MINOS HORVÁTH KUZNETSOV, nascido em 21 DE JANEIRO, tendo VINTE E NOVE anos, um filho de ARES, especificamente, um senhor de metal, certo?", ele questionou. Havia repetido todas as informações dadas por mim. Aquilo era sério? Pude tão somente assentir, remetendo aos poucos fatos que me eram importantes no passado, fatos que remetiam a minha história, a quem eu realmente era.

Tempos remotos. Dos olhos do então pequeno Minos — órfão de mãe, caçula de três irmãos —, um inequívoco brilho selvagem denunciava a avidez do rapazote perante o novo dia de treino sob o calor excruciante em uma área afastada do vilarejo no qual vivia. O corpo ainda em ascensão era uma mescla grotesca de suor e resquícios de sangue. Portava em uma das mãos uma única espada simplória, composta essencialmente de madeira. Adiante, pairava o pai, quem detinha a incumbência de explorar no filho a capacidade de batalhar. — Ainda não acabamos. Você precisa se mostrar capaz de exteriorizar a verdadeira ambição, garoto. Vamos, tente me acertar, de novo. — Havia um quê de provocação em cada palavra proferida pelo homem. Tratava-se, afinal, de um hábito familiar, uma característica hereditária e imutável. A ganância pelo simples ato de guerrear revelava-se intrínseca aos membros da família, todos absurdamente repletos por esse impulso sanguinário e desenfreado.

No decorrer dos anos, a árdua rotina pouco modificara-se. Longos eram os dias e as noites, sempre regrados de exercícios estafantes, cuja insistência em repeti-los visava atingir o patamar máximo de excelência na luta. A consequência disso evidenciou-se profícua aos ensejos calculistas de Minos; na passagem da adolescência à fase adulta, a notoriedade do próprio atingira proporções respeitáveis para um sujeito de tão pouca idade. O modo fulminante como se manifestava nos combates tornara-se amplamente afamado; a contagem de vidas extirpadas pelo outrora garoto franzino porém agora um indivíduo vigoroso — a compleição física parecia ter prosperado em igual proporção, auxiliando Minos a atingir seus desígnios — começara. “Bestial”, alguns chamavam-no; não à toa.

O tempo prosseguiu em disparada. Com a morte prematura do pai — e sendo Minos a essa altura o mais possante entre os irmãos —, a responsabilidade de manter firme a reputação truculenta da família recaiu sobre o rapaz. Na mente de Minos, a pretensão mantinha-se firme. Sentia-se possesso, faminto, invadido por um sentimento de avidez crescente que o impulsionava a ansiar por mais. Lutas, violência, sangue... Porém onde poderia ele expandir suas aspirações? Obrigou-se a buscar as inúmeras informações disponíveis. Nomes lhe chegavam aos ouvidos, propostas, desafios... Não havia nada, porém, que lhe despertasse o sentimento de completude. Não até aquela noite fria, contudo plácida e acolhedora. Sentia-se consideravelmente cansado após longas horas dedicadas a uma jornada que parecia sem fim.

Seu corpo clamava por descanso, embora a sede de violência permanecesse intacta na mente da prole de Ares. Aquecido pelo ardor das chamas da fogueira, encolheu-se na proximidade desta, deitado na usual posição fetal. Bastaram alguns segundos para que Minos resvalasse a um sono imediato e profundo. Nele, viu-se sujeitado ao que parecia uma ilusória imitação da realidade; no sonho, ambientado num recinto estranhamente neutro e sem qualquer adorno, um único ser brotou inesperadamente — uma figura a princípio fantasmagórica, todavia tomando a forma excêntrica aos poucos. Minos, estupefato demais e incapaz de pronunciar-se, jamais havia presenciado algo próximo a isso. Por fim, uma voz; o tom rouco a fluir da nova aparição tinha um toque sombrio e superficialmente ameaçador. — Minos. Seu destino está traçado. Terá o que necessita em... — Uma ilha denominada Sophrosyne, o espectro havia lhe dito; um local onde encontraria o que precisava para descobrir-se realizado. Então, de repente, tão alarmante quanto o sonho em si — ou seria presságio? — misturou-se à figura misteriosa em meio àquela confusão mental a silhueta exuberante de uma jovem ruiva, igualmente desconhecida à percepção do rapaz. — Ao longo do trajeto eu o conduzirei — prosseguiu a aparição. — Esteja preparado. — Ao final das palavras, um lampejo divulgou-se, e abruptamente tudo se desfez, simplesmente se dissipou.

A sucessão de imagens que tivera no sonho daquela madrugada perseguiu-o como uma maldição inegável. A clareza dos detalhes não apenas o intrigava; fazia-o reavivar a sensação de que o percurso a ser seguido estava predestinado. No dia que o marcaria para o restante da vida, se encontrava valendo-se de um período ocioso em uma taverna, sorvendo bebidas de teor alcoólico a fim de abrandar a inquietude. O tormento só podia ser neutralizado assim. — Estou eu ficando louco? — grunhiu o desabafo. Prestes a entornar o restante da bebida, notou sobre um dos ombros o peso de uma mão a tocá-lo. Ao virar-se para ver quem o convocava, deparou-se com o semblante familiar do sonho. um arquejo violento de espanto lhe fugiu dos lábios. — Siga-me. Sem resistência. Levá-lo-ei ao seu rumo. — o homem manifestou um sorriso indecifrável. minos não reagiu prontamente; se achava inteiramente hipnotizado pela proposta, e nem sequer esboçou atitude expressiva; silente, se limitou a erguer-se e seguir a enigmática figura. Extenso fora o curso que tomaram. Somente cessaram ao alcançar uma vasta área de embarcação. À frente de ambos, um navio de respeitável porte. O homem apontou-o para Minos. — Ele irá levá-lo ao seu imprescindível futuro. — Na sequência, minos descobriu-se desacompanhado, e entregue ao estado de êxtase, caminhou passo ante passo ao navio atracado à margem do mar. O sujeito esotérico estava de fato correto: a fortuna de Minos o recepcionaria depois de ter embarcado e seguido a Sophrosyne.
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Mensagem por Calypso Dom Ago 07, 2016 6:54 pm

A cidadela te espera, meu caro. Nós sabemos perfeitamente que perder sua família de modo tão precoce não lhe fora fácil, ainda mais se aproximando da loucura de ser guiado pelo desconhecido. Justo deve ser que possa construir sua vida novamente após um breve descanso. Sophrosyne é toda sua, herói.


  • Aqueles nascidos do pai da guerra sangrenta, o sinônimo de um real guerreiro, criado em sob sua majestosa armadura;





  • O grande escudo de platina. Raro e magnífico, escudo é dado como o de maior precisão e taxa de defesa ampliada. É quase impossível penetrá-lo por ser composto de um material extremamente resistente. Pode ainda ser utilizado para defender de investidas de seres mágicos, sendo dessa forma imune a essas substâncias.


  • Possuidor de uma grande defesa, um dos pontos negativos de seu escudo é que é bastante pesado, sendo relativamente complexo empunhar outra arma pesada quando o alça no braço. Justamente por isso que carrega consiga uma lança de longo alcance. Feita com o material de madeira, permite que possa erguê-la com mais facilidade que quaisquer outros materiais, sendo completamente inflexível, o que permite que a ponta completamente afiada invada o corpo de seu oponente com facilidade.

Calypso
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