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ZDRAKOV, Petr Nikolai

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Mensagem por Petr Nikolai Zdrakov Dom Ago 07, 2016 8:23 pm

"Eis que surge um novo herói, aquele que se quer temeu enfrentar desafio de navegar pela caminho ao qual lhe trouxe à nós. Devo então, questionar-lhe o maior mistério: quem és o ser divino frente a mim?", ouço o homem dizer.

"Maravilhoso!"

Sua animação era um tanto quanto irritante mediante ao que havia respondido. "Peço tão somente que aguarde enquanto faço as minhas anotações. Novamente...", ele veio a continuar, retornando com uma pausa enquanto parecia relembrar tudo aquilo que eu havia dito.

"Petr Nikolai Zdrakov, nascido em 6 de maio, tendo dezessete anos, um filho de Hécate, especificamente, um mercenário de barganha, certo?", ele questionou. Havia repetido todas as informações dadas por mim. Aquilo era sério? Pude tão somente assentir, remetendo aos poucos fatos que me eram importantes no passado, fatos que remetiam a minha história, a quem eu realmente era.

Dizem que o ódio acabava motivando o ser humano e até os próprios deuses. Bom, esse fato fora comprovado no momento em que Magia levara o assassino de um de seus filhos para cama. Fez um veneno para deixá-lo embargado e a relação sexual ocorreu. Simplesmente poderia ter sumido ou feito algo do gênero, mas resolveu fazer algo diferente: ambos ficariam juntos até o parto da criança, e, em troca, o homem teria o antídoto. O rapaz – cujo nome era Uller – tinha tanto medo da morte, que acabou aceitando. A mulher foi atacada várias vezes, mas conseguia controlar o homem graças aos dons que tinha. Era forte, destemida e completamente poderosa. Os meses se passaram e então, pressentiu o dia do parto. Sabia que tinha chances de desencarnar caso o pai do futuro bebê estivesse por perto, e por isso, envenenou-o. A morte ceifou a vida de Uller e Magia deu à luz de maneira calma e tranquila. Quando viu os lindos olhos azuis como o mar, pensou em levá-lo para onde quer que fosse, todavia, não seria justo. Uma criança num mundo repleto de perigos e caos? Ah, de jeito nenhum. Claro que não sentia nada intenso pelo ser, mas tratava-se de estética. A pele era branca – numa tonalidade próxima da neve, os poucos fios de cabelo variavam na cor – ora castanhos, ora pretos como o céu. Resolveu ir embora, afinal, não queria se apegar ao pequeno ser. No dia seguinte, colocou-o diante uma casa qualquer e sumiu.

Às vezes, o azar é algo que se faz presente na vida de pessoas pobres... Bom, infelizmente era o caso do semideus. Sua nova família era composta por uma prostituta e um prostituto, e além disso, o menino tinha ganhado um irmão mais velho. Sua nova mãe se chamava Karen, seu pai era nomeado de Zimmer, e o seu irmão era conhecido por Hans. Todos naquela casa vendiam seus corpos, o que assustou o pequenino nos primeiros anos de sua vida. Preferia fazer outras coisas, como estudar e pescar. O que mais lhe interessava era os estudos sobre a alquimia. Adorava ver as plantas, saber mais sobre os venenos e os antídotos. Ah, sim... Quem disse que uma alma tão pequenina não pode ter uma grande ambição? Com apenas dez anos de vida, já queria mais e mais poder. Como conseguiria isso? Envenenando pessoas que faziam parte da nobreza. Esse seu lado obscuro ficou em seu interior e jamais fora revelado para ninguém.

Durante toda a sua infância, Hans cativou uma amizade levemente estranha com Petr – nome dado pela família adotiva em homenagem ao patriarca da mesma –, todavia, não passava de alguns selinhos discretos quando ambos estavam sozinhos. O pequeno ser nunca contou nada aos outros membros da casa, afinal, parecia tão comum. O tempo foi passando e passando, até que, aos treze anos, seus pais adotivos disseram que teria que trabalhar. Como? Vendendo seu corpo. Jamais estivera acostumado com tal ideia, por isso negou-se, dizendo que isso jamais aconteceria. Karen irritou-se, mas nada disse no primeiro diálogo.

Era uma noite fria e silenciosa, o menor dormia tranquilamente, até que uma mão voou até sua boca, calando o garoto que acordava assustado. Os fios loiros e os olhos verdes encaravam a face de Petr. – Não abra a boca. – A ordem foi dada. Após isso, a criança foi levada para fora de casa, mais exatamente para um bordel em que a família não trabalhava. Foi entregado para um homem forte e um sorriso apareceu na face de seu irmão mais velho. – Cadê o que me prometeu? Minha mãe aguarda. – Levou uma das mãos para frente, aguardando o pagamento. Várias moedas foram jogadas para o seu irmão. A criança ficou desesperada e tentou fugir, mas não deu certo. Seu corpo estava sendo vendido para o prostíbulo. As negociações haviam sido feitas vinte e quatro horas antes. Quem realizara cada ato? Sua mãe adotiva, Karen. Foi levado para dentro de um quarto e ficou trancado dentro dele durante várias semanas, até que parasse de fugir. Era tudo escuro –exceto nos momentos em que abriam uma portinhola para colocar pão e água para o garoto. O tempo foi passando e rendeu-se ao silêncio. Não era mais um garotinho desesperado. Sua rotina era: comer, fazer necessidades, dormir. E aí se repetia.

Após o tempo passar, a passagem se abriu e um homem adentrou o recinto. Era o mesmo que o havia segurada. Pele levemente bronzeada, olhos e cabelos pretos. Uma proposta fora feita: poderia ser liberado desde que resolvesse entregar o seu corpo para todos os homens e mulheres que passassem por ali. Estava desesperado para sair dali, mas apesar disso tudo, aceitou a proposta sem demonstrar tal emoção. Seu psicológico estava abalado, todavia, por algum motivo, conseguia esconder o medo. Foi retirado do local e acabou conhecendo o prostíbulo, onde acabou sendo levado para um dos prostitutos mais adorados da região: Óthus. Foi ensinado por ele e aprendeu tudo sobre sexo e sedução, e tudo isso graças ao homem – com quem manteve uma relação breve até os quinze anos.

Conquistou a confiança do dono do estabelecimento no qual trabalhava, e assim, tornou-se o garoto de programa favorito dele. Enquanto isso, recebia recompensas secretas: kits que auxiliaram a melhorar sua habilidade na área da alquimia. Quando completou dezessete anos, já havia se tornado num bom manipulador de venenos – pelo menos o suficiente para realizar algo que havia surgido em sua cabeça: vingança. Queria eliminar sua família adotiva, mas é claro que não faria tudo isso de maneira estúpida. Planejou durante dias. Juntava a gorjeta que recebia todas as noites, e eis que começou a procurar por cada pessoa que, um dia, fizera parte do círculo de carinho do adolescente. Pesquisou informações e horários sobre cada vítima – as três foram analisadas cuidadosamente.

Primeiro ceifaria a vida de Hans. Ele causaria mais dor e sabia disso. Seu irmão frequentava um bordel para ter relações sexuais, já que o mesmo não podia fazer sexo com colegas de trabalho. Pediu para trabalhar no local, e após alguns dias, recebeu o mesmo. Não foi reconhecido por causa dos sete anos que haviam se passado. Sua aparência estava completamente diferente. O corpo havia mudado, tornara-se um lindo jovem. A única coisa que permanecia constante eram os seus olhos azuis. Até mesmo o cabelo havia sido modificado: era mais curto do que antes. Levou o rapaz para cama e fez sexo com ele. Esperou o cliente adormecer, e então pegou a vela que estava no recinto, deixando-a cair. As chamas engoliram o chão de madeira rapidamente, e a parede sofreu as mesmas ações. Hans morreu no incêndio e Nikolai – outra maneira de ser chamado – escapou. O bordel virou poeira e o vingador nunca mais voltou – simplesmente focou nos outros alvos.

Zimmer entrou numa depressão profunda por causa da morte do filho querido. Nesse caso, não tocou um dedo e nem se moveu para atrapalhar a vida do homem. O porquê? A rotina dele alterara bruscamente, não saía mais de casa e eis que, no último suspiro, Zim cravara uma adaga no meio de seu peito, sendo levado pela morte. Karen era mais fria, por isso não sucumbiu ao intenso impacto emocional. Encontrou consolo na genitália de um homem rico – o dono do puteiro onde o jovem trabalhava. O destino trabalhava ao favor de sua vingança – parcialmente, é claro. Afinal, se eliminasse sua mãe adotiva e fosse descoberto, perderia a cabeça, ao invés do emprego. Pensou em algo e uma ideia brilhante apareceu em sua cabeça. Os presentes do dono do prostíbulo finalmente teriam uma bela função. Fez um veneno que ceifaria a vida da mulher que destruíra sua vida.

Enquanto servia o casal – que estava se agarrando num quarto isolado –, aproveitou e colocou o líquido transparente dentro da jarra de vidro. Bateu na porta e colocou o recipiente em cima de uma mesinha. A mulher estava perto de beber, todavia, hesitou e entregou ao homem com quem se deitava. O chefe do puteiro começou a tossir sangue, e eis que morreu. Karen ficou assustada, mas antes que pudesse fugir, o prostituto avançou contra a mesma e quebrou a jarra em sua cabeça. Pegou um caco de vidro e enfiou no meio de sua jugular. A força que usara surgira de maneira repentina graças ao ódio que sentia pela mesma. Fugiu alguns minutos depois, e nem olhou para trás. Sabia que sofreria terríveis consequências caso fosse encontrado por algum cliente ou parceiro(a) de trabalho.

As vestes superiores estavam manchadas de sangue, por isso teve de roubar um adolescente nobre no dia seguinte. Pegou todas as suas vestimentas e fugiu para o mais longe possível. As noites eram frias e seu corpo sempre tremia, mas o garoto estava ocupado com outra coisa: com os seus sonhos. Sussurros, um lugar diferente, trajetos, indicações. Uma voz calma e tranquila vivia lhe dizendo Vá enquanto pode. Quando estava perto de acordar, via um homem com um corpo incrível, rodeado de névoa. Só... Vá. E após isso, despertava. Tal situação durou durante semanas, até que resolveu seguir as instruções que eram dadas enquanto repousava sua mente no mundo do surreal. Foi para o porto mais próximo e lá tinha algo surpreendente: um navio que o aguardava. Foi recebido por um homem e eis que foi levado até a ilha. Não questionou e nem fez qualquer coisa do gênero. A única coisa que queria era uma nova vida.
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Mensagem por Calypso Seg Ago 08, 2016 1:56 pm

A cidadela te espera, meu caro. Nós sabemos perfeitamente que manter-se vivo fora uma das mais árduas aventuras. Justo deve ser que possa reconstruir sua vida, não concorda?. Sophrosyne é toda sua, herói.


  • Aqueles nascidos da senhora da magia, mãe dos noturnos e aclamada por seus desconhecidos e infinitos poderes;





  • "A mortífera", é como seu objeto um dia fora nomeado. A alabarda em questão trata-se de um bem tomado para si mediante o não pagamento dos seus serviços. O item é como uma lança-machado. A lâmina na ponta é muito boa para impactos, e o outro lado bom para parar investidas. Armas assim costumam ser extremamente pesadas e lentas, dificultando defensa de ataques rápidos.


  • A flauta. Quando em sua posse, soprando tal, todas as pessoas em um raio de cinco metros o ouvem de uma forma diferente, imitando o som daquilo que mais a aflige. Por isso, estes ficam apavorados e tendem a perder a atenção naquilo que fazia anteriormente, tanto em atividades cotidianas como em duelos.

Calypso
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